Ela não estava preocupada. Não sempre e nem naquele momento. Seu vestido era branco e uma fita tão branca quanto enlaçava-o na altura da cintura. Os olhos da cor de mel estavam fechados, mirando um céu cheíssimo de nuvens que não via, e uma tarde clara, serena que somente sentia. Sentia o sol na pele. Irradiava, talvez, admirando-se de longe, além de seu vestido de tecido fino, talvez vestisse luz. E balançava. Para frente, para trás, para frente para trás, ritmadamente, insistentemente, daquela forma bonita. O cabelo acompanhava;o corpo, mesmo encostado a cabeça encostada em uma das cordas. Uma mão segurava na outra e a outra mão repousava no colo. Descalça gostava de levantar a terra com os pés, gostava da sensação da terra nos pés. Mas enfim, vez ou outra se permitia, sempre ali, se perguntar: por que ele não volta? cadê a carta que ficou de chegar? E pacientemente, depois que abria os olhos, pegava uma flor qualquer a tornava num bem-me-quer, mal-me-quer. Independentemente do que desse, voltava pro balanço, pra frente, pra trás, pra frente, pra trás, até o coração sossegar.
- 1a parte.
Um comentário:
Nossa, adorando seu blog, vou seguir. bjao
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